A Lenda de Shiruyeh e Shirin

IconNameRarityFamily
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)4
RarstrRarstrRarstrRarstr
Book, A Lenda de Shiruyeh e Shirin
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)4
RarstrRarstrRarstrRarstr
Book, A Lenda de Shiruyeh e Shirin
items per Page
PrevNext

A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)

A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)NameA Lenda de Shiruyeh e Shirin - (I)
Type (Ingame)Item de Missão
FamilyBook, A Lenda de Shiruyeh e Shirin
RarityRaritystrRaritystrRaritystrRaritystr
DescriptionUm Jinni conta a história da brisa da noite, uma história sobre si mesmo e um pastor. É uma história com sua origem desconhecida e cheia de absurdos.
"A história que se segue é da época do 'Rei da Pestilência', Shiruyeh. Só que naquela época, o rei vassalo ainda não havia se tornado infame pela 'praga de Shiruyeh', e seus súditos ainda não haviam sido jogados na escuridão do mundo, onde, tornaram-se criaturas bárbaras, desfiguradas e analfabetas..."
A Jinni da Cidade da Dama da Lua parou por um momento para dar uma esticada nas pernas. As moedas prateadas da cor da lua agitavam-se em seus pulsos e tornozelos, parecendo bastante insatisfeitas com os solavancos dos Animais de Carga.
"A propósito, pequeno corvo, você sabe o significado do nome 'Shiruyeh'?"

"Hmm... pessoa absurda e desprezível?"
O jovem, que havia sido chamado de "corvo" por capricho dela, respondeu casualmente. Ele estava muito distraído com o sol e a ameaça das areias movediças para se importar com a história de sua companheira de viagem.
"Em nossa tribo, 'Shiruyeh' é um nome vergonhoso, apenas líderes exilados serão assim nomeados com marcações em suas testas. Tal palavra só será dita para amaldiçoar ou ridicularizar alguém. Ao menos, assim é na nossa tradição... Contudo, presumo que em outras tribos não deve ser muito diferente."

"Haha! O conhecimento dos mortais é como areia movediça, errante como os ventos do tempo. Que estranho!"
A resposta superficial do "corvo" foi recebida com ironia pela Jinni.
"Na verdade... Na língua perdida, 'Shiruyeh' significa 'filhote de leão não desmamado'. Seu pai 'Parvezravan' assim nomeou seu amado filho em uma noite de lua cheia. No entanto, o que ele não sabia era que esse rei, que chamaria a si mesmo de 'Espirito da Eterna Vitória', seria dilacerado como uma hiena por seu querido 'filhote de leão'..."

A Jinni fez uma pausa, como se temesse que a plateia ficasse entediada, trocou olhares com o jovem e continuou a falar:
"Quanto a este 'Parvezravan'. Diz a lenda que na época em que os mortais governavam como reis vassalos, ele era um dos mais poderosos entre todos os governantes..."

"Parvezravan" não era o nome original deste rei vassalo. Conforme a Jinni diz, ele fora um órfão criado no ninho da ave gigante Ghoghnus e recebeu o nome de "Kisra", ou "aquele a quem fora dado um belo nome". Mais tarde, por causa de sua ambição de se tornar um grande homem, e com a ajuda da ave divina, ele foi adotado pelo rei Ormazd Shah e se tornou um herói e sábio entre os mortais.

Os cânticos dos extintos povos do deserto mencionam Kisra, que em nome de seu rei Olmasza, saqueou os quatro cantos da terra, forçando noventa e nove cidades a destruir suas muralhas de bronze, derrotou os líderes de noventa e nove tribos nômades e prendeu noventa e nove sábios em correntes douradas e os levou de volta a Gurabad.

Naquela época, a terra prometida "Vale Vaij" havia sido varrida pelas areias douradas e os Três Arcontes vivos haviam desaparecido. Durante um século de caos e confusão, os humanos se protegeram em terras vassalas até que meu Senhor, Ahmar, e o Sábio Rei de Madeira Verde reuniram seus súditos e reconstruíram o Paraíso Oásis, pondo um fim a era dos Reis vassalos dourados.

Retornando ao nosso conto anterior, devido às conquistas de Kisra, a coroa de Olmasza tornou-se cada vez mais valiosa. No final, seu próprio pescoço não suportou mais o peso da coroa, e ele teve que usar correntes de ouro para prende-lá para sempre no centro do seu salão.

O jovem Kisra recebeu a recompensa suprema do rei vassalo, Ormazd Shah, por seus feitos incomparáveis. Ele nomeou seu filho adotivo de "Parvez" e prometeu sua filha Shirin a ele. Os espíritos cantam em suas intangíveis canções que ela é a herdeira mestiça do rei vassalo mortal e sua velha avó Liloufar, por isso, possui sabedoria superior, goza de uma vida infinita e, como os sábios primordiais, pode prever a boa e má sorte do mundo contemporâneo.

Se Kisra Parvez tivesse parado por aqui, sua reputação de herói não teria sido manchada. No entanto, em um dia amaldiçoado, o rei vassalo Ormazd e seus trezentos filhos foram mortos durante a noite na cidade de Gurabad. Após esse absurdo incidente, Kisra herdou o trono e acrescentou "Ravan" ao seu nome. Tornando-se o rei vassalo mais poderoso entre os mortais.

"..."

A Jinni interrompe a história para olhar para o sol vermelho que está afundando atrás das dunas. Então ela solta um assovio agudo, sinalizando ao menino para parar o Animal de Carga e se preparar para acampar sob os pilares das pedras em pedaços.

"Alguém disse..."
A Jinni desce lentamente do Animal de Carga, faz algumas voltas em círculo na areia, como as há muito perdidas bailarinas de Setaria fariam, deixando o luar cobrir uniformemente sua pele transparente com um brilho prateado. O aroma de mirra espalhou-se ao ar junto com o balançar das tranças, tudo acompanhado pelo toque dos sinos de ouro, até se perderem no horizonte.
Então, a Jinni se inclinou um pouco e parou na ponta dos pés, rindo baixinho.

Algumas pessoas dizem que a tragédia na cidade de Gurabad foi causada pelo herói Kisra.
Já outras dizem que, na noite da tragédia, a perversa ave sem garra voou para fora da fortaleza e chorou até o amanhecer, e não comeu nem bebeu nada. O castelo foi atormentado por ratos com rostos humanos, que roeram a corrente dourada onde a excessivamente pesada coroa estava pendurada, fazendo com que ela caísse pesadamente no chão, quebrando-a e distorcendo-a.
Dizem que a coroa fez um barulho que estremeceu a terra quando caiu, até os servos de Fellahin, que residiam e trabalham longe, tremeram de medo com o tirano que nunca conheceram.
Mais tarde, falam ainda que aventureiros encontraram o antigo porão da cidade de Gurabad, que estava enterrado sob a areia dourada. Ele escondia os restos mortais, agora distorcido e enrugado, de Ormazd e seus filhos. Sob o que sobrou de seus corpos, era possível de ver algumas inscrições antigas e ilegíveis...

"Espero que esta história tenha lhe assutado."
A Jinni observava com interesse enquanto o menino mortal na sua frente bebia do jarro de água com pele de animal.
As tribos do deserto são instintivamente abstêmias e cautelosas quanto a beber água, mas as Jinnis são criaturas criadas a partir de elementos puros, desconhecendo a sensação de sede, e nunca satisfeitos com o luxo e a felicidade, assim como a antiga princesa Shirin da velha canção de lamentação.

"Falando na Shirin, filha da velha avó Liloufar, nossa história está apenas começando..."
A Jinni sorriu maliciosamente outra vez com seus olhos na cor de ouro-âmbar e seu sorriso parecia com o de uma princesa de sua antiga pátria.

A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)

A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)
A Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)NameA Lenda de Shiruyeh e Shirin - (II)
Type (Ingame)Item de Missão
FamilyBook, A Lenda de Shiruyeh e Shirin
RarityRaritystrRaritystrRaritystrRaritystr
DescriptionUm Jinni conta a história da brisa da noite, uma história sobre si mesmo e um pastor. É uma história com sua origem desconhecida e cheia de absurdos.
Naquela época, a terra prometida "Vale Vaij" havia sido varrida pelas areias douradas e os Três Arcontes vivos haviam desaparecido. Durante um século de caos e confusão, os humanos se protegeram em terras vassalas até que meu Senhor, Ahmar, e o Sábio Rei de Madeira Verde reuniram seus súditos e reconstruíram o Paraíso Oásis, pondo um fim a era dos Reis vassalos dourados.

"Sim, você já disse isso uma vez".
O tom do jovem era bastante impaciente, ele olhou para a lua cheia no céu estrelado e calculou a rota do dia seguinte com a posição da estrela companheira.
Contudo, ela sabia que ele estava ouvindo sua história atentamente. Isso a deixou orgulhosa por um momento, no entanto, logo após ela ficou irritada por ter deixado a situação virar desta maneira:
"Pessoas mortais são impetuosas e se esquecem depois de ouvir, como sei se você está me ouvindo?"

Voltando ao assunto principal, Shirin, segundo o lamento da Jinni, é filha do herói mortal Ormazd e do espírito Liloufar, "A Filha dos Nenúfares". Ela nasceu sobre uma folha de lótus e entre o orvalho perfumado, sendo abençoada pelo ibis branco, ganhando pérolas verdes das cobras e o majestoso crocodilo gigante se curvando para ela em adoração.
Antes de entregar sua filha ao rei vassalo mortal, a velha antepassada dos espíritos, Liloufar, fez três profecias: primeira, que Shirin se apaixonaria por um grande herói e que cuja união produziria um herdeiro mais poderoso do que o pai fora. Segunda: que muitos dos parentes de sangue de Shireen teriam um final doce. Terceira: Shireen monopolizaria o reino de seu pai.
Então, Liloufar deu três avisos ao seu querido mortal. Primeiro: a alegria da filha trará lágrimas ao pai. Segundo: a filha não deverá compartilhar a mesa de jantar após o casamento. Terceiro: os herdeiros trarão maus presságios à terra do rei.

O rei vassalo simplesmente sorriu e ignorou as profecias e os avisos.

"Mais tarde, Shirin foi prometida por seu pai ao grande herói 'Parvezravan'. Cumprindo-se a primeira profecia, certo?"
O menino interrompeu a história da Jinni.

"Sim, mas não por completo..."
A Jinni colocou o dedo na ponta do nariz do jovem, e este rapidamente a evitou com o rosto corado, como se estivesse com medo de ser amaldiçoado pela maldição fatal das Jinnis. Um movimento tão ingênuo, que novamente divertiu a Jinni.

Quando Shirin ficou um pouco mais velha, a visão que sua mãe tinha para ela se tornou uma maldição assombrosa. Ela passou seus dias esperando a oportunidade de se apaixonar por seu herói, aguardando o dia em que herdaria o reino de seu pai, ansiando por um futuro perfeito e doce, mas isso nunca chegou a acontecer.

Verdade seja dita, o casamento de Shirin com o herói Kisra não foi feliz, afinal, os heróis mortais são todos perversos e cheios de ambição para governar. A herdeira de Liloufar, com seu orgulho dos espíritos, não podia suportar o suposto amor profundo que o herói mortal sentia por ela, a armadilha da seda dourada. Também não queria contentar-se com calmaria da vida de ficar na cama e cuidando do fogão. Assim, do tédio de uma vida sem amor, nasce um ódio vivo, uma ira tão forte quanto a que os seres aprisionados na garrafa de prata sentiam.

Mais tarde, na noite do famigerado banquete, alguns servos mesquinhos, os feiticeiros do Oásis de Mazandaran, ou os lacaios analfabetos de Fellahin, pingaram veneno de escorpião no almíscar de mel que fora oferecido ao rei Ormazd Shah e aos seus trezentos filhos. Após isso, viram eles se afundarem na doce terra dos sonhos da morte, afogando-se no sangue dos humildes, lágrimas sangrentas jorrando para todas as direções...
Nesta noite, quem ainda teria sonhos para desfrutar era Shirin, que fora deixada de fora do banquete pelo seu pai e pelo seu relutante cúmplice e marido, Kisra.
Os mesquinhos regicidas foram sentenciados pelo novo rei a serem imersos em potes de mel. Suas bocas e seus gritos amaldiçoados foram silenciados pelo mel pegajoso.
Já da boca do novo rei, saíram mentiras negras e sangrentas. Os nomes dos heróis foram gradualmente manchados com profundas marcas escuras...
Assim, a segunda profecia foi cumprida.

Bem mais tarde, Shiruyeh, o filho de Kisra Parvezravan, que era profundamente amado por sua mãe, cresce e é expulso da imponente cidade de Gurabad por seu pai. Ele ordenou a Shiruyeh que cobrisse o rosto e cavalgasse rapidamente para fora da cidade, para nunca mais pôr os pés no reino. Parvezravan estava, sem dúvidas, aterrorizado com as previsões de Liloufar, assim, a covardia causada pela obsessão o fez tomar tal decisão.
Dessa forma, do medo colossal do rei vassalo, Shirin mais uma vez encontrou uma boa oportunidade de vingança.

Uma noite, disfarçada de deusa do Templo da Lua se encontrou com o filho pródigo que estava hospedado por lá. Em meio a brilhante luz prateada e aos lírios orvalhados, uma falsa profecia é dado ao andarilho mascarado:
"A tirania de um pai, não é a maior desgraça para uma criança errante? Ó favorito da Deusa da Lua, por onde quer que ela brilhe, tudo lhe pertence, quaisquer sementes que você semeia, irão florescer. Já que o luar lhe deu um bom arco e uma lâmina afiada, por que deves suportar o covarde que habita o trono? Por que não tomar coragem, para enfrentar o ódio, e a si mesmo?"
A lenda diz que, assim que Shiruyeh hesitou e a brisa noturna se dissipou, Shirin deixou cair o véu que usara para ocultar seu rosto.
Ao ver o rosto familiar, o jovem, forçado a mascarar sua face, foi imediatamente assolado pelo terror e pela vergonha, fugindo daquele templo profanado. O farfalhar do sino e o luar frio tornaram-se testemunhas do terror.

O que aconteceu depois disso não foi nada bom: O invencível rei vassalo Parvezravan foi esfaqueado até a morte pelo filho rebelde mascarado, deixando uma mancha indelével de sangue em sua magnífica cama adornada com safira e chifres de ouro.
O lamento dos espíritos fala de Shiruyeh, que, após cometer o pecado da grande traição, chorou de arrependimento para sua mãe, Shirin. Contudo, ela não o repreendeu, mas tomou seu filho em seus braços, removeu a máscara de bronze, que simbolizava o exílio, e depois lhe deu um beijo de afeto e bênção.

Após assumir o trono, Shiruyeh foi atormentado por um pesadelo do qual não pôde escapar, e durante uma de suas noites frenéticas perambulando, ele caiu no abismo negro da terra, vindo a desaparecer. Mais tarde, uma peste irrompeu através do abismo, engolindo metade da população de Gurabad e, deixando o reino desprovido de seus vassalos e servos, até que fosse gradualmente engolido pelas insaciáveis areias douradas.
Os sobreviventes chamaram a calamidade de "Praga de Shiruyeh", a retribuição divina trazida pelo próprio tirano de vida absurdamente curta.

Quanto à Shirin, ela também cumpriu a terceira profecia de Liloufar, ela e seus filhos conquistaram a liberdade absoluta em uma terra destruída pela vingança e se transformaram em espíritos malignos que vingaram a morte dos pretensiosos.

"Algumas pessoas relatam que Shirin foi mais tarde capturada por meu senhor Ahmar e detida em uma linda garrafa mágica de prata. Outros dizem que ela ainda perambula pelo deserto, assombrando aventureiros presunçosos e procurando incansavelmente por seu filho amado que caiu nas profundezas do abismo..."
A Jinni sorriu orgulhosamente, concluindo a história sem muito entusiasmo.
Agora, a lua já estava bem alta no céu, e foi neste exato momento, só que nos tempos antigos distantes, quando o deserto ainda não havia se tornado deserto, que a Deusa havia realizado um sacrifício de vida.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

TopButton